Pretendia começar a escrever dizendo mais ou menos como me sinto em relação aos fatos que me ocorreram hoje. Confesso que sinto uma tristeza enorme que outrora denominei de raiva, todavia, analisando o que se passa dentro de mim e levando em consideração um pouco do que julgo conhecer a respeito da lei de ''acao e reacao'' tomo nota do episódio não o titularizando-o de ''O fim'', mas sim de ''O começo'' pois sei que quanto mais a gente se enrola mais custa pra nos desenrolarmos la na frente, por tanta angustia.
Quando conhecemos uma nova verdade, afinal de contas, essa é relativa, pois a real Verdade com ''V'' maiúsculo ainda desconhecemos mas enquanto isso a fé que cultivamos desempenha o papel de nos confortar com verdades parciais e as vezes transitoria digamos assim, pois nos atndem ate certo ponto. Fé que eu digo, nao a fé no Criador, porque esta me parece incontestavel, mas a fé nas coisas e nas pessoas, fé em nós mesmos. A fé no sentido de acreditar em algo ou alguem e isso nos leva a acreditar fielmente em algo como por exemplo acreditar que somos e agimos de uma forma, embora nao sejamos assim e tao pouco agimos como tal.
Certa vez, li em um momento oportuno de oracao uma mensagem muito interessante de Hammed que dizia que ''por medo de sermos vistos como somos, nossas relacoes ficam limitadas a um nivel superficial. Resguardamo-nos e fechamo-nos intimamente pra nos sentirmos emocionalmente seguros''. É, essa é uma verdade que eu nao tinha me conscientizado ainda, e confesso que pra assumi-la tive de ser realmente sincera comigo e estar aberta a reconhecer as ''sombras'' da minha intimidade. Foi assim que ele chamou em seu texto, as caracteristicas que temos mas escondemos, presumindo assim que '' nao ser significaria nao ter'' o que constitui uma baita de uma ilusao.
Continuou as entrelinhas dissertando sobre muito conhecimento, o que me levou a marcar a pagina e ler mais umas mil vezes. E terminou dizendo: ''O medo indefinido proveém da repressao de impulsos considerado inaceitaveis que existem dentro de nós, da ausencia de contricao de nossas faltas, da nao-admissao de nosso erros, descompensando nosso corpo energeticamente com os pesos dos fardos[...]''
Entao decidi refletir a respeito do que hoje me ocorreu, afinal nao foi atoa que essa leitura me foi proporcionada e embora tudo o que leio nesse livro assim como em outros se torna motivo de uma breve reflexao, esse foi diferente pois me fez voltar ao que eu considero o ''principio'' ou mesmo o inicio, e vir desenrolando ate aqui, onde o emaranhado se deu realmente. Tentei nao fazer disso um estopim pra filosofar nem pensar a nas outras vertentes em que ele (o texto) poderia se encaixar e comecei a perceber o que eu nunca tinha pensado antes, essa tristeza nao é causada por raiva, furia desmedida ou orgulho, mas o sentimento de perda é que frustra agora. Nao é facil assumir que nao foi o tapa que doeu e sim a ferida que ele abriu aqui dentro, e mesmo que eu negue, vcs ( do blogger) ja sabe, que a durona aqui se machucou pra valer.
Por que??? Me perguntam... E eu respondo sim, tentando ser o mais humilde que esta ao meu alcance, ou menos modesta ou sei lá.
Eu cativava um sentimento de amor mesmo que mascarado por briguinhas comuns em familia, eu tinha como um pedaco consideravel em mim, mesmo que eu fizesse de conta ter o estirpado e arremessado pra longe, eu confiava mesmo, a ponto de nao esperar que isso pudesse se voltar contra mim como voltou. É, eu nao acreditava que seria capaz, e isso me fez perceber como sou fragil às reacoes dos outros e como sou tola de crer que as pessoas vao desempenhar um minimo de esforco pra nao destrocar um laco que um dia eu julguei indestrutivel, e hoje vejo como ele se ''enrolou'' como eu disse a priori, mas quando eu disse tambem que o titulo desse desabafo poderia ser O comeco, e porque sei que uma hora ele vai ter que se desenrolar e sei que vai ser mais penoso que já esta sendo. Soa como drama, mas acredite, relacoes terminadas em dado momento em tragedia, se encontram em outra oportunidade pra reestabelcerem um laco de auxilio reciproco e compreensao. E saber disso tudo e ainda assim ter permitido essa cama de gato toda, é que me puxa pela consiencia e faz com que eu me arrependa. E mais pra frente falarei disso.
O proximo passo e encontrar um cumplice do causador da ''tragedia'' emocional irremediavel agora, e fui pensando em tudo que as pessoas ao lado podiam ter feito, mas nao o fizeram. E chegeui a conclusao que independente da participacao de qualquer coadjuvante nessa historia seria (assim como foi) mera contribuicao em um circo que hora ou outra ia pegar fogo, entao nao me seria de muita utiidade apontar aqueles que deixaram de ajudar ou contribuiram pra atrapalhar, ao passo de que a caca ja estava feita.
E eu fui quem estava ali, permitindo que tudo acontecesse e sem colocar em pratica tudo o que ja estudei nos livros, tudo o que ja refleti a respeito do comportamento humano, tudo o que ja conversei com o meu amor,e assim por diante, deixei que acontecesse, pois na hora me pareceu tudo utopia e as tendencias como impulsos comuns a todos os homens me fez reagir.
Tá, enfim, o que eu ia dizendo é que as vezes estudamos a teoria, de verdade, lemos muito e discutimos as situacoes e questos a respeito, imaginamos como seria na pratica e ja vamos treinando na nossa mente as maneiras e ferramentas que teremos que utilizar pra exercermos aquilo que nos foi objeto de tanto estudo, dedicacao e reflexao.
Aaaah vida, vida, vida...