quarta-feira

photo.

Seria maravilhoso se pudessemos tirar fotos profissionais, daquelas que registram da mínima a maior emoção do momento, e guardar em um álbum eterno ou um porta retrato de madeira e deixar por anos na mesma prateleira da sala, pra que possamos lembrar de certos momentos com o mesmo e enorme carinho todos os dias. Fotos, fotos, fotos; ás vezes nos acontecem algo tão intenso, tão bom que queremos guardar aquilo ou vive-lo por mais alguns instantes... Impossível! Sei que apenas nosso olhos lançam certos flashs e somente eles registram alguns semblantes, levando pra nossa saudade a lembrança de algo realmente espectacular do qual vai ser sempre bom nos recordarmos. Sei também que algumas dessas maravilhas hipotéticas se perdem no tempo, decorrentes de intensidades mais presentes em nossas vidas, outras guardamos com carinho como outrora.
Compreendo que tudo o que sentimos aqui é superficial demais pra jurarmos eternos ou almejarmos o infinito assim, mas é que ao mesmo tempo que é ou pode ser passageiro ou momentâneo, é especialmente profundo e entusiástico.
Já diziam: "Não há palavras que expressem certas coisas...".
O desejo de conservar esses sentimentos ou essas lembranças me faz perceber que não há frasco, pote ou recipiente mais seguro e mais concreto que nossos corações pra conservar a alegria, amparar as emoções, resguardar as recordações e preservar as 'photos', 'vídeos' e 'livros', cheios de sorrisos, artes e palavras de valor; guardados em algum lugar dentro da nossa própria mente, mantendo vivo na memória tudo que ali deve estar...

família desconhecida.

Certo dia, inesperadamente avistou chegar na porta da casa de Adelaide um homem alto, de porte forte com um grande chapéu e uma barba que chamava a atenção, procurando por Maria. A Sra. assutada com a visita, não deixou que o mesmo se encontrasse com a menina e negou inclusive que ele conferisse sua carteira modelo 19, hoje chamada de passaporte.
Preocupado o homem com a situação legal de Mria no Brasil foi a embaixada saber como andava sua legalidade, e como já esperava, descobriu que minha avó já era considereda clandestina aqui, pelo tempo que passou alem do que havia sido permitido.
Não se sabe porque, pouco tempo depois, Sra. Adelaide volta pra casa já no fim da tarde, com a face expressando tamanha ira, começou a jogar todas as roupas de Maria dentro de uma mala, e o tempo que restou a ela foi de catar uma antiga boneca que havia ganhado de suas tias antes de partir.
Foi deixada na calçada, em meio a uma rua desconhecida, um povo diferente, em terra estranha. Se viu sozinha, sem ter pra onde ir, sem explicações, perdida, jogada ao leito de uma passarela que desconhecia.
Chorando, chamou a atenção de quem passava por ali, seu sotaque não ocultou que era de outro país e as pessoas entenderam que ela estava perdida na cidade, e esse seria o motivo do desespero da moça.
Aliviada ou não, respirou quando viu o grande homem barbudo vindo em sua direção. E então se recordou daquele semblante, e logo se deu conta de que estava a fronte a casa de seus familiares desconhecidos, onde viera a residir.
Mais tarde minha avó viera a namorar com um dos filhos do barbudo; apesar da mania de grandeza do rapaz. E logo foi armado o casamento entre eles, em virtude da riqueza que ela havia de herdar um dia. Mas Maria jamais aceitara o pedido e se convencera de isso não chegasse a acontecer.

Anunciaram uma grande festa certa vez, muita comida e bebida, e nennhum motivo aparente pra tal comemoração... Ao menos não aparente pra ela.
Muito esperta era minha avó, e analisando todo o quadro foi se dando conta de que o vinho vinha com mais frequencia em sua direção, seu tio e tia, a cortejavam sempre com uma bebida alcoolica, não a deixando ficar de mãos vazias, o que não acontecia com nenhum outro convidado.
Disfarçadamente, ela começou a despejar a bebida em um vazo grande de planta que se encontrava ao canto da sala de estar, e assim o faz até o cair da madrugada, quando todos imaginaram que já estaria mais pra lá do que pra cá, consequencia de tanto viho que lhe trouxeram.
Inesperadamente se aproximaram de Maria com alguns papeis para serem assinados, diziam eles que havia de ser um documento da embaixada pra legalizar sua estadia, a caneta já estava à mão quando apanhou o papel desconfiada. Evitando os parentes, que ela lesse o conteúdo, o máximo que onseguiu identificar duas palavras que se encarregaram de desesperar-lhe: "Certificado de Casamento".
Se deu conta da armação que havia sido armada por sua costa em meio aquela situação, desconfiou até da sombra que dali em diante iria a perseguir. Saiu correndo da casa e com um chute quebrou a porta de vidro que isolava a casa da rua. Com o pé sangrando, conseguiu chegar até a praça Cinelândia.
Aí, finalmente, a razão que encontrava para toda a sua fé, faria sentido...

no Brasil.

E aos 19 anos de idade minha avó chega ao Brasil. Foi morar com Adelaide, senhora do casal amigo. Nessa residência Maria não servia como secretária do lar, ajudava com os tapetes e nada mais. Gastando seu tempo se aperfeiçoando com a costura, e com isso ganharia uns trocados.
Não se sabe ao certo porque cargas d'agua, um ano se passou e ela não fora mandada de volta para o seu país. De vez enquanto recebia um ou outra carta de sua tia, falando sempre sobre seu comportamento elogiado, os estudos iam bem e assim o tempo foi passando.
Maria estranhou o tempo que se passava, e nada de notícias sobre sua estadia na cidade do Cristo, e com toda essa reviravolta de sua curta vida, perdeu até suas roupas, por muito ter emagrecido. Por conta disso a Sra. decidiu leva-la a uma costureira proxima. Lá chegando olhou pra costureira, gorda, vestindo saias longas e escuras, se aproximou e não pode deixar de se emocionar quando percebera em seu sotaque que esta, era portuguesa também. Enquanto Adelaide ia a outras moças encomendar um vestido para os 20 anos de Maria. A irmã de terras a supreendeu com uma pergunta inesperada, questionando-a se trabalhava como empregada da Sra que veio acompanhando. Aflita alertou-a de que toma cuidado pois era uma moça muito má, que costumava criar moças como escravas, não filhas.
Maria nãopodendo tecer nenhum comentario devido a proximidade da Sra. Ficou em choque, apenas conseguindo responder o nome de sua família e de que lugar era emPortugal.
Para maisores surpresas, a velha costureira arregala os olhos e remenda aliviada, dizendo que trabalhou anos na fazenda de seu avô, catando batatas e azeitonas, outras éspoca uvas. Se perguntando o que haveria de ter acontecido pra aquela moça ter vindo parar com Adelaide no Brasil, continua mais agitada que outrora; afirmou que Maria teria parentes no Brasil, ali mesmo, no Rio de Janeiro. Minha avó conts que julgou a senhors de louca, quem era ela, nunca a teria visto antes, como tanto sabia?
Sem tempo para mais informações, a velha disse que logo levaria seus familiares a residencia de Adelaide, onde também já havia trabalhado, e dizendo a Maria que não se preocupasse, ela sabia como chegar lá.

lusitana.

Era uma família relativamente rica de Portugal, e em uma fazenda nas redondezas ela nasceu, costuma dizer que foi em berço de ouro, devido a grandes influencias que seu avô, pai de sua mãe, exercia na região. Foi um presente para todos os eles, o problema era somente um detalhe, detalhe que mudaria todo o curso da história dessa princesinha lusitana que vieram ao mundo com compromissos difíceis, que nem mesmo ela reconhecera.
Sem se importar com o sentimento da filha, o grande fazendeiro, a separou do pai do bebê, e há boatos de que ele tenha mando o matar; para que logo, esta se casasse com outro grande homem. Mas o que fazia dele um grande homem, era somente o seu dinheiro e poder, embora isso na época fosse o necessário para transformar um homem qualquer em um 'bom marido'. Não é preciso dizer que é claro que a união não seria 'as mil maravilhas'...
Com esse casamento arranjado o avô de Dona Maria, conseguira um nome decente para sua filha que trouxera ao mundo a minha avó.
Era uma criança de vida boa, tinha tudo que o dinheiro poderia lhe comprar, ela conta sobre a dama de companhia que possuía na época. Tinha belos vestidos rodados e rendados, trazidos do Porto.
O casamento de sua mãe com seu padrasto era aparentemente normal, até que seu avô viera a falecer... Levando com ele a pouca paz que ainda não tomara de ambas.
Não sobrou herança, não sobrou ouro, nem roupas boas. A fazenda, as carroças, o nome, tudo seu padrasto tomou pra si como sendo seu. Colocando Maria aos 6 anos de idade na frente dos bois. Dizia ele que a escola era desnecessário, e então a proibiu de frequenta-la.
Algumas vezes ela ia escondido, até que certo dia ele a surpreendeu meio ao caminho de volta pra casa e ela se arrependeu de ter ido estudar.
A família dela, nada podia fazer por somente desconfiar de que algo andava fora dos trilhos por lá, pois além de tudo, este homem, ainda as obrigava a manter as aparências, e para todos que a viam, a vida era bela, e o bom estatus que seu avô havia arranjado antes de morrer estavam lhe servindo muito bem.
Sua mãe visando um futuro melhor pra sua menina, reolve manda-la pro Porto, cidade onde morava duas irmãs, e estas, mais tarde seriam as responsáveis por criar Maria, tranformando-a em mulher feita! Muito bem educada, recebeu das tias todo o apoio e orientação de que carecia. Daí sairia uma moça prendada e pronta para os desvaneios da vida.
Aos 11 anos começou a trabalhar em uma farmácia, aprendendo a lhe dar com pessoas dinheiro, obrigações e assim foi até os 15 anos de idade. Aprendeu a servir, falar, cumprimentar, costurar, estudou e outras diversas coisas das quais a diante vem ao caso.
Quando voltou a sua terra, já moça, flagrou seu padrasto batendo em sua mãe, que sem poder se defender, rendia-se a agressão. Sem muito pensar apanhou uma enchada que estava proximo as suas mãos e remendou o ataque do homem. Se surpreendeu com o incontrolavel desejo de tirar a vida daquele mosntro que já havia causado tantas dores as suas vidas.
Voltou pras suas tias deseperada e decidiu ir tentar a vida em outro lugar então. Lá não ia ficar. Moçanbique, cidade de população negra predominate. Eram muito ricos também seus habitantes, mulheres brancas naquelas terras, tinham que casar. E isso contrariou suas guardiãs que não concordaram de maneira alguma com essa hipótese, e teriam que pensar em outra coisa...
Os grandes pomares da fazenda Ribeira de seu falecido avô, chamavama atenção de todos que adentravam a região, e por essa motivo conheceram um casal simpatico de afinidade consideravel com sua família há um tempo consideravel, casal este que visitava Portugal frequentemente, mas residiam no Brasil, Rio de janeiro.
Para aquele povo não havia tanta burocracia pra se prestar um favor. E o favor que suas tias haviam de pedir a esse casal, era que levassem Maria Das Dores para sua residencia pra passar apenas um ano, em janeiro proximo, que mandasse a menina de volta, até lá já haveriam de se acertar por aquelas bandas.

a percepção

Até hoje não sei bem quem ela é. E não pense que sou adotada, que fui abandonada em um orfanato e não conheço minha família. Não não é nada disso, me sinto assim na verdade (rs...), eu sou a 'ovelha negra, o patinho feio, a agulha no palheiro'. Eu que sou diferente deles, mas muito diferente, o que temos em comum é devido a convicência, a criação... E a personalidade, quando começei a me conhecer e me descobrir, foi um choque e tanto! Pra todos nós! Assim como quando comecei a conhece-los também me assustei. Vi que tudo era diferente da concepção que me resguardava. Sinto como se estivesse com meus olhos vendados até então, e assim que eu olhei pra tudo e todos, percebi muita que muita coisa estava errada. Errada demais pra mim. Comecei aí a analisar esse redoma que me envolvia, e percebi onde isso começa, onde termina, e não gosto de pensar onde vai parar. Entendi os 'porques' das coisas. E a minha história começa assim...

Era uma vez A dona Maria!

'antes'

Durante muito tempo escutei as pessoas me dizerem o que fazer, é claro que não fiz, mas as deixei acreditar que outrora o faria. Durante muito tempo, me peguei escutando péssimos conselhos, e buscando uma razão pra concordar com eles. Durante muito, fiquei esperando aparecer algo que me motivasse, que me desse uma explicação pra 'o meio', ou melhor, começo, meio e fim em que vivemos. Aguardei por respostas que imaginei jamais encontrar. Errei tanto por desconhecer. Me revoltei e abri as portas pra tudo que aparentemente me trouxesse um: "é bem assim ó...".
Fui até o ponto em que a gente costuma desistir e pensar que a vida é mesmo essa trama tola de aconteciemntos desperços e lições vazias. Cheguei ao ponto de pensar comigo mesma: "ah, deixa queto, assim tá bom!" (frase de uma problemático tenso) Conhecia uma parte do que era moral, e até respeitei os limites que esta impunha. Sabia da existencia de Deus, e sempre tive fé, mas sem base alguma. Reconhecia meus vícios e me fizeram acreditar que todos eles eram 'normais'.
A família, a criação, as pessoas da minha vida, eu via de uma forma, insustentável, por ser isenta de algo que me mostrasse o contrário.
Era tudo um pouco bagunçado, mas minha bagunçla era meio organizada ou sei lá, quissá minha organização fosse uma bagunça maior ainda...
Eu lembro de tudo às vezes, me recordo com carinho de alguns tempos, e a saudade que sinto se torna uma resquicio de vontade que tenho de viver 'uns dias' outra vez. Sei que ficar recordando o que passou, é um despercicio do tempo que agora está passando, mas é inevitável.
Mas acredite era conflito demais...


e quando é 'de novo'?

Costumo dizer que nossas vidas são como um espelho de duas faces...
Nossos passos tem a mania de querer repetir o caminho já percorrido... Por varias vezes caminhamos em circulos por isso. E sempre que passamos de uma fase e pouco depois nos encontramos nas mesmas circuntancias, ja desabamos logo, temendo que tudo volte a acontecer novamente. O medo se torna meu companheiro quando lembro do caminho que meus pés ja percorreram, e das pedras que já tanto o perfuraram...
É inevitavel chorar quando vemos o quão vulneraveis somos perante o amor.
Ele sabe como enfeitar nossos dias, ele sabe pintar um sorriso em nossos rostos, sabe ser tudo aquilo que desejamos, mas apenas por uns instantes; é inevitável chorar ao ver que a historia pode se repetir; é inevitavel chorar ao vermos que podemos sim fechar os olhos e viver nossos sonhos, mas quando abrimos os mesmos, o espelho da vida continua a nos cercar, fazendo de nos escravos das nossas proprias escolhas, nos obrigando a olhar e lembrar de tudo que já se passou... E sinto em dizer que a culpa não é do destino nem de Deus. As 'escolhas' foram suas. E isso é passado.
Mas vem cá e onde fica o presente nessa hora? Eis a questão... Precebemos então onde se inicia o atraso! Se liberte disso...
A liberdade da qual costumamos perder no meio do caminho que é responsavel por nos permitir ir além... Ir alem do 'ontem' do 'agora', do 'daqui a 10 minutos'. Analise por onde anda a sua liberdade.
Há uma grande diferença entre a liberdade que nos temos, a liberdade que abdicamos, a liberdade que precisamos e a liberdade que nos dão, se têm ' de oficio' rs...
Calma. Ainda temos muito pra viver, o tempo ainda vai modelar muita coisa, temos muito a aprender, temos muito a descobrir, muitos dias virão por ai, e com eles vamos provar de tudo um pouco, escolher sempre, decidir as vezes, sofrer se quiser.
Mas lembre-se: Não se atrase, deixe o passado no lugar dele. Tidavia a palavra que define a sua vida é o "daqui pra frente". Porque o tempo, 'o tempo não pára'.

alegria

A felicidade nada mais é que um estado de espirito. O ápce da sua satisfação, como ou sem motivos pra estar, o que a torna mais ironica. O ponto mais alto da sua vibração, que nesse instante se encontra com outros paralelos raios de alegria.
Alegria, isso que é dificil pra nós alcançarmos. Podemos sentir a alegria no sorriso de um desconhecido na rua, que brinca com suas dificuldades; também num "Bom Dia" de um velho senhor calejado com os osbtaculos da vida, mas que ao final dela, descobriu que tudo é tão pequeno pra se preocupar... Sentimos a alegria quando simplesmente olhamos um belo Pôr-do-sol, uma lua cheia, grande e amarela, passando-nos a impressão de que vem se aproximando. Sento alegria quando falo com Deus, quando ele fala comigo. Sinto-a quando estou exatamente onde eu queria estar, quando aprendo algo, quando percebo que ao meu redor há muitos dos quais colocariam a mão no fogo por mim. A alegria está mais presente em nossas vidas do que supomos que esteja; porque de fronto a tantos relampagos e trovões desse nosso dia-a-dia malucos, nem prestamos atenção nas coisas mais simples, e que na verdade são as responsáveis por aquele extase quieto dentro do nosso peito.
Uma mensagenem inesperada do seu namorado (a) falando qualquer coisa que ele saiba que te deixa feliz, um reencontro com os amigos do passado, uma boa música, mas aquela que sempre que toca te traz uma maravilhosa sensação da qual nunca imaginou descrever.
A tranquilidade nos alegra. Muitos de nós não sabem, mas o nosso corpo e nossas mentes precisam de calma, de silencio, de paz... E o que te irrita mais no fim do dia não é o chefe exigente ou o telefone que não pára de tocar, porque isso é uma parte dia apenas, o que enlouquece nosso espeiritos, são os barulhos das bugigangas que o homem criou, carros, máquinas, ônibus, ruídos que ouvimos constantemente e nem sabemos de onde vem... O grito, o 'falatório'! E isso a gente jamais percebe. E culpamos o coitado do chefe que nasceu chato, mas ta ali fazendo seu dever.
A realização dos nossos sonhos e desejos nos traz alegria. E muita!
E nada disso deveria ser frágil, afinal, tudo é, aquilo que a gente acredita que seja. Toda essa ausencia de alegria, é devido a sua falata de atenção. Se vc prestar mais atenção no buraco, não vai se esquecer dele, mas se pensar na longa estrada a frente, nem vai lembrar do perigo que correu ao passar por ele.
Seja otimista!