quarta-feira

lusitana.

Era uma família relativamente rica de Portugal, e em uma fazenda nas redondezas ela nasceu, costuma dizer que foi em berço de ouro, devido a grandes influencias que seu avô, pai de sua mãe, exercia na região. Foi um presente para todos os eles, o problema era somente um detalhe, detalhe que mudaria todo o curso da história dessa princesinha lusitana que vieram ao mundo com compromissos difíceis, que nem mesmo ela reconhecera.
Sem se importar com o sentimento da filha, o grande fazendeiro, a separou do pai do bebê, e há boatos de que ele tenha mando o matar; para que logo, esta se casasse com outro grande homem. Mas o que fazia dele um grande homem, era somente o seu dinheiro e poder, embora isso na época fosse o necessário para transformar um homem qualquer em um 'bom marido'. Não é preciso dizer que é claro que a união não seria 'as mil maravilhas'...
Com esse casamento arranjado o avô de Dona Maria, conseguira um nome decente para sua filha que trouxera ao mundo a minha avó.
Era uma criança de vida boa, tinha tudo que o dinheiro poderia lhe comprar, ela conta sobre a dama de companhia que possuía na época. Tinha belos vestidos rodados e rendados, trazidos do Porto.
O casamento de sua mãe com seu padrasto era aparentemente normal, até que seu avô viera a falecer... Levando com ele a pouca paz que ainda não tomara de ambas.
Não sobrou herança, não sobrou ouro, nem roupas boas. A fazenda, as carroças, o nome, tudo seu padrasto tomou pra si como sendo seu. Colocando Maria aos 6 anos de idade na frente dos bois. Dizia ele que a escola era desnecessário, e então a proibiu de frequenta-la.
Algumas vezes ela ia escondido, até que certo dia ele a surpreendeu meio ao caminho de volta pra casa e ela se arrependeu de ter ido estudar.
A família dela, nada podia fazer por somente desconfiar de que algo andava fora dos trilhos por lá, pois além de tudo, este homem, ainda as obrigava a manter as aparências, e para todos que a viam, a vida era bela, e o bom estatus que seu avô havia arranjado antes de morrer estavam lhe servindo muito bem.
Sua mãe visando um futuro melhor pra sua menina, reolve manda-la pro Porto, cidade onde morava duas irmãs, e estas, mais tarde seriam as responsáveis por criar Maria, tranformando-a em mulher feita! Muito bem educada, recebeu das tias todo o apoio e orientação de que carecia. Daí sairia uma moça prendada e pronta para os desvaneios da vida.
Aos 11 anos começou a trabalhar em uma farmácia, aprendendo a lhe dar com pessoas dinheiro, obrigações e assim foi até os 15 anos de idade. Aprendeu a servir, falar, cumprimentar, costurar, estudou e outras diversas coisas das quais a diante vem ao caso.
Quando voltou a sua terra, já moça, flagrou seu padrasto batendo em sua mãe, que sem poder se defender, rendia-se a agressão. Sem muito pensar apanhou uma enchada que estava proximo as suas mãos e remendou o ataque do homem. Se surpreendeu com o incontrolavel desejo de tirar a vida daquele mosntro que já havia causado tantas dores as suas vidas.
Voltou pras suas tias deseperada e decidiu ir tentar a vida em outro lugar então. Lá não ia ficar. Moçanbique, cidade de população negra predominate. Eram muito ricos também seus habitantes, mulheres brancas naquelas terras, tinham que casar. E isso contrariou suas guardiãs que não concordaram de maneira alguma com essa hipótese, e teriam que pensar em outra coisa...
Os grandes pomares da fazenda Ribeira de seu falecido avô, chamavama atenção de todos que adentravam a região, e por essa motivo conheceram um casal simpatico de afinidade consideravel com sua família há um tempo consideravel, casal este que visitava Portugal frequentemente, mas residiam no Brasil, Rio de janeiro.
Para aquele povo não havia tanta burocracia pra se prestar um favor. E o favor que suas tias haviam de pedir a esse casal, era que levassem Maria Das Dores para sua residencia pra passar apenas um ano, em janeiro proximo, que mandasse a menina de volta, até lá já haveriam de se acertar por aquelas bandas.

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