terça-feira
era para ser diário... mas o que é diário na minha vida?
A ideia, em princípio, era transformar isso aqui em um"diário", o que implicaria, inevitavelmente, em relatos que, por sua vez, diários, registrassem o passar do tempo e seus fatais efeitos sobre meus dias, mas eu realmente não contava com a minha preguiçosa disciplina! Há! Mais um paradoxo...
E por isso eu abando por dias o meu mais querido "passa-tempo", por faltar o próprio tempo, por preguiça, por esquecimento, por falta de organização mental ou estruturação de ideias para pôr no 'papel'. Sei lá, sabe?
Conforme aquela minha inconstância...
Envolvendo pensamentos, ideias, reclamações (tantas), choramingos e cartas sobre tudo e para todos, acabou por se tornar algo mais próximo de um 'ralo'... Ralo que permite o escape daquilo que muitas vezes me enche, me transborda, me sufoca... Uma válvula de escape para as palavras que, não ditas, precisam encontrar um destino para livrarem minha garganta da agonia.
Cá estamos, esporadicamente, desabafando, desnudando, fazendo transparecer verdades que nem sabia (conscientemente), deixando sair pelo ladrão, um punhado de palavras que, desconexas e paradoxais, às vezes, fazem o maior sentido!
Por essas e tantas outras razões deixei de exigir de mim mesma a freqüência e organização que não tenho nem quando preciso, e as tentativas de "voltar" pra cá vão restar sempre frustradas se eu não compreender que se eu nunca deixei pra lá, ainda que rara pareça a minha presença, ela existe, e não se vai, motivo pelo qual não tenho para onde ou para onde voltar.
Quem não sai, não vai, não deixa, não precisa voltar, certo?!
Isso aqui sou eu e eu sou isso aqui, assim mesmo!
Produto de mim, meus pensamentos, ideias e toda minha bagagem de imperfeições e abandonos convenientes: desabafos cheios de emoção... Se Jane Austen contasse minha história, eu seria um típico romance pacato que, para sair da rotina e da constância, me envolvo em crises criadas pela minha própria mente para me recriar quando eu enjôo de mim mesma. Eu não queria ser... Mas eu sou uma completa 'metamorfose ambulante'. Ainda bem!
Bom, isso tudo me fez questionar sobre o que é diário na minha vida e, por isso mesmo, percebi que quanto mais mergulho em mim, mais percebo que não faz sentido ser alguém que não sou para padronizar minha personalidade. Esse deve ser mais um dos efeitos inconscientes do 'mundo de hoje em dia' que, sem que percebamos, nos impõe condutas, metas, modos de ser e de viver.
E por isso, eu, assim como qualquer um de nós, acredito, não sejamos estáveis ou permanentes quanto gostaríamos para nos sentirmos seguros, somos progressivos, variáveis pela própria natureza e isso é, no mínimo, fantástico!
Não, não tenho costume de ser constante, e isso pode ser bem mais difícil que supomos, mas é como se diz quando a correnteza intenciona seguir seu curso e por algum razão decidimos nadar contra ela: não é natural, e o que não é natural é, fatalmente, artificial e ser artificial é vazio, solitário demais, privado da sua própria companhia, a única infalível presença que poderia ter.
Triste mesmo é não se encontrar sem se perder tentando.
Vale mencionar que, como o puro ser humano que sou, tendo a fé 'menor que um grão de mostarda', como o atributo fatídico da mulher, uma tempestade de hormônios em choque, agraciada pela (ainda) juventude, razão pela qual não guardo a calma e paciência que somente a sabedoria nos concede, em meio a ideias 'quase' feministas e um raciocínio dialético, é natural que eu seja assim, um paradoxo! (lembra?!)
E por isso eu abando por dias o meu mais querido "passa-tempo", por faltar o próprio tempo, por preguiça, por esquecimento, por falta de organização mental ou estruturação de ideias para pôr no 'papel'. Sei lá, sabe?
Conforme aquela minha inconstância...
Envolvendo pensamentos, ideias, reclamações (tantas), choramingos e cartas sobre tudo e para todos, acabou por se tornar algo mais próximo de um 'ralo'... Ralo que permite o escape daquilo que muitas vezes me enche, me transborda, me sufoca... Uma válvula de escape para as palavras que, não ditas, precisam encontrar um destino para livrarem minha garganta da agonia.
Cá estamos, esporadicamente, desabafando, desnudando, fazendo transparecer verdades que nem sabia (conscientemente), deixando sair pelo ladrão, um punhado de palavras que, desconexas e paradoxais, às vezes, fazem o maior sentido!
Por essas e tantas outras razões deixei de exigir de mim mesma a freqüência e organização que não tenho nem quando preciso, e as tentativas de "voltar" pra cá vão restar sempre frustradas se eu não compreender que se eu nunca deixei pra lá, ainda que rara pareça a minha presença, ela existe, e não se vai, motivo pelo qual não tenho para onde ou para onde voltar.
Quem não sai, não vai, não deixa, não precisa voltar, certo?!
Isso aqui sou eu e eu sou isso aqui, assim mesmo!
Produto de mim, meus pensamentos, ideias e toda minha bagagem de imperfeições e abandonos convenientes: desabafos cheios de emoção... Se Jane Austen contasse minha história, eu seria um típico romance pacato que, para sair da rotina e da constância, me envolvo em crises criadas pela minha própria mente para me recriar quando eu enjôo de mim mesma. Eu não queria ser... Mas eu sou uma completa 'metamorfose ambulante'. Ainda bem!
Bom, isso tudo me fez questionar sobre o que é diário na minha vida e, por isso mesmo, percebi que quanto mais mergulho em mim, mais percebo que não faz sentido ser alguém que não sou para padronizar minha personalidade. Esse deve ser mais um dos efeitos inconscientes do 'mundo de hoje em dia' que, sem que percebamos, nos impõe condutas, metas, modos de ser e de viver.
E por isso, eu, assim como qualquer um de nós, acredito, não sejamos estáveis ou permanentes quanto gostaríamos para nos sentirmos seguros, somos progressivos, variáveis pela própria natureza e isso é, no mínimo, fantástico!
Não, não tenho costume de ser constante, e isso pode ser bem mais difícil que supomos, mas é como se diz quando a correnteza intenciona seguir seu curso e por algum razão decidimos nadar contra ela: não é natural, e o que não é natural é, fatalmente, artificial e ser artificial é vazio, solitário demais, privado da sua própria companhia, a única infalível presença que poderia ter.
Triste mesmo é não se encontrar sem se perder tentando.
Vale mencionar que, como o puro ser humano que sou, tendo a fé 'menor que um grão de mostarda', como o atributo fatídico da mulher, uma tempestade de hormônios em choque, agraciada pela (ainda) juventude, razão pela qual não guardo a calma e paciência que somente a sabedoria nos concede, em meio a ideias 'quase' feministas e um raciocínio dialético, é natural que eu seja assim, um paradoxo! (lembra?!)
Sede de crer e força dos argumentos que nos levam à descrença
Dostoiéviski, em meados de 1854 já
dizia: " Eu sou um filho do século, filho da descrença e da dúvida;
assim tenho sido até hoje e o serei até o fim dos meus dias. Que
tormentos terríveis tem me causado essa sede de crer, que é tão mais
forte em minha alma quanto maiores são os argumentos contrário".
(Livro Crime e Castigo)
Sem mais, né?!
(Livro Crime e Castigo)
Sem mais, né?!
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