domingo

Engraçado...

Eu mudei tanto que temo às vezes não me reconheço, assim como aguardo ansiosa as próximas horas por ter a certeza de que em meio a tantos desencontros eu acabo me encontrando, portanto dessa vez me parece menos superficial.
Percebo que não há mais ninguém me apresentando uma Fernanda a cada instante. É um processo mas meu, onde eu é que faço acontecer. Sei lá...
O tempo já me trouxe um pouco mais de personalidade, mesmo que ainda frágil e vulnerável. Gosto disso. É bom me conhecer sozinha, e ser do jeito que eu quiser, mesmo que isso soe um pouco prepotente e ‘’rebelde’’, é só uma maneira mais escancarada de dizer que é bom ser da maneira que eu julgo correta.
Quando me recordo de algumas idéias, pensamentos e comportamentos meus de um passado não muito distante, me assusto ate... Sinto um pouco de vergonha, mas fica entre eu e o ‘’mim’’. Ninguém sabe o que realmente se passa aqui dentro, e confesso que acho engraçado ver as pessoas tentando adivinhar...
Andei lendo rabiscos como este, mas de algum tempo atrás e creio que se eu pudesse apagar aquilo, apagaria quase tudo, embora expressem algumas revoltas da juventude e marcar da imaturidade são tantas besteiras, ou melhor, hoje penso tão diferente que me contradigo em quase tudo que outrora escrevi como sendo minhas emoções mais verdadeiras. Interessante como nós nos transformamos e em tão pouco tempo. Mas isso pode ser outro engano. E num futuro próximo, provavelmente me impressionarei com o que hoje faz todo e o real sentido pra mim., e confesso que sinto um pouco de medo de ler esse blog daqui a 3 anos...(hehe!)

Uma das milhares de mudanças que tive e que estou tendo é que eu já não tenho a mínima paciência pra escrever, me desabafar dessa forma. De pensar que isso já foi tão divertido pra mim... E também ando perdendo o romantismo, e venho considerando tudo ‘’drama’’. E ai então entra uma outra parte de mim que teme certas perdas e que acaba por me induzir a controlar meus pensamentos, minhas atitudes e ate mesmo a maneira de me expressar... Inibida, nunca fui, quero dizer, nunca tinha sido. Falava pelos cotovelos, o que por um lado era um alivio e por outro uma forma de camuflar o desespero. E hoje, eu tenho sido assim... Começo a escrever e simplesmente perco a vontade de falar, e falar e falar um pouco mais.
Dois mil e nove... O que esse ano vai ser pra mim?
Quantas incertezas, e decisões que eu na queria ter que tomar, mas eu mesma escolhi minhas metas, e farei o que for preciso para alcançá-las, nem que pra isso eu tenha que vê-lo partir, novamente e ultima vez. Nem que pra isso eu tenha que virar meu barquinho pro outro lado e seguir em frente. Mas dói so de pensar...
Quem me vê falando assim não acredita que da minha boca só saiam palavras do tipo ‘’casar? Não. Não quero amar a esse ponto!’’ Hoje sofro por isso se quer saber. Mesmo sabendo que é uma grande ilusão que eu criei e alimento, mesmo tendo provas suficientes de que a gente não da certo e porra, é assim e ponto! Ainda vou empurrando, fingindo e empurrando. Amar um ser humano só e tanta idiotice.
Tá ok, eu sou uma perfeita idiota.

''Kauzinha''

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